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No dia seguinte, esta nova irmã em Cristo voltou e chamou-me para um canto junto com o pastor da igreja. Ele disse-nos que a sua casa estava cheia de falsos deuses que ela tinha adorado a vida inteira e dos quais se queria livrar. O outro pastor e eu acompanhámos-la até à sua casa e ficamos chocados com o que vimos.
Dentro da casa de dois cómodos, pequena e escura, as paredes estavam cobertas de cartazes pretos e vermelhos de falsos deuses. Por toda a parte, estatuetas de madeira e de barro com aparência demoníaca forravam o chão e as mesas. Num dos quartos, uma imagem enorme esta pendurada na parede, com a sua face sinistra a olhar directamente para nós.
Começámos imediatamente a retirar os cartazes e a recolher os ídolos, orando em voz alta por aquela mulher e pedindo as bênçãos de Deus sobre o seu lar. Levámos todos os ídolos para a casa onde nos reuníamos e fizemos uma fogueira do lado de fora. Naquele dia, começámos a nossa meditação na Palavra de Deus no meio do cheiro dos deuses em chamas.
Esta cena é uma ilustração do que acontece na vida de todos os que se arrependem dos seus pecados, renunciam a si mesmos e correm para Cristo com fé. Queimamos os ídolos deste mundo que no passado adorávamos e afastamos-nos deles para confiar em Jesus como o único que reconhecemos ser exclusivamente digno da nossa adoração.
Quando aquela mulher se tornou cristã, tornou-se óbvio que ela não podia mais curvar-se aos pés de falsos deuses que tinha na sua casa e que precisava livrar-se deles. Da mesma forma, penso em Vasu, um irmão indiano que costumava fazer oferendas e apresentar sacrifícios diariamente diante de uma multidão de deuses hindus. Penso também em Ginadi, anteriormente um muçulmano devoto, mas que passou a crer em Cristo como Salvador e Rei. Arrependido, abandonou os ensinos de Maomé para seguir os passos de Jesus.
Em circunstâncias como estas, o arrependimento parece claro e óbvio. Cristãos convertidos de religiões animistas, do hinduísmo ou do islamismo, devem abandonar os falsos deuses para seguir a Cristo, e o arrependimento é evidente na transformação das suas vidas. Mas, e as pessoas num ambiente predominantemente "cristão" que não se curvam diante de ídolos nem oferecem sacrifícios aos falsos deuses? Qual é a evidência do arrependimento nas suas vidas?
Esta pergunta é extremamente importante, pois expõe uma falha fundamental na forma como frequentemente nos vemos. Quando pensamos em adoração a ídolos e falsos deuses, pensamos em pessoas que carregam imagens de madeira, pedra ou ouro e nas tribos e nos seus rituais. Mas, não pensamos nos homens que consomem pornografia na internet ou que assistem a filmes ou programas de televisão pecaminosos. Não pensamos nas mulheres que compram compulsivamente e são obsessivamente consumidas pela preocupação com a sua aparência. Não consideramos homens e mulheres no Ocidente que são constantemente seduzidos pelo dinheiro e cegamente mergulhados no materialismo.
Nem sequer pensamos nos nossos esforços para subir na escada corporativa no trabalho, na nossa adoração incessante aos desportos, na nossa irritação quando as coisas não funcionam da forma como queremos, ou nas nossas preocupações de que as coisas não sairão do nosso jeito, nas nossas compulsões alimentares, nos nossos excessos e em todos os outros tipos de indulgências mundanas. Talvez o mais perigoso de tudo seja o facto de negligenciarmos a auto-realização espiritual e a auto.correcção religiosa, que impedem muitos de nós de reconhecermos a nossa necessidade de Cristo. Não conseguimos entender que alguém do outro lado do mundo creia que um deus de madeira o possa salvar, mas não conseguimos ver problema algum em acreditar que religião, dinheiro, posses, comida, fama, sexo, desportos, status social e sucesso podem satisfazer-nos. Pensamos realmente que temos menos ídolos para abandonar quando nos arrependemos?
O arrependimento é necessário para qualquer cristão em qualquer cultura. Isso não significa que quando alguém se torna um cristão fica imediata-me perfeito e nunca terá que lutar contra o pecado. Mas, significa que quando nos tornamos seguidores de Jesus rompemos conscientemente com a antiga maneira de viver e fazemos uma virada decisiva para um novo estilo de vida. Morremos para o nosso pecado e para nós mesmos _ para o nosso egocentrismo, nosso esforço próprio, nosso auto-consumo, nossa auto-justificação, nossa auto-complacência e nossa auto-exaltação. Nas palavras de Paulo: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2:20).
A partir do momento que Cristo passa a viver em nós, tudo começa a mudar. A nossa mente muda. Pela primeira vez, percebemos quem Deus é, o que Jesus fez e o quanto precisamos d'Ele. Os nosso desejos mudam. As coisas deste mundo que antes amávamos, agora odiamos. As coisas de Deus que antes odiávamos, agora amamos. A nossa vontade muda. Vamos aonde Jesus nos envia, damos o que Jesus ordena e sacrificamos o que for preciso para viver em obediência firme à Sua Palavra. Os nossos relacionamentos mudam. Oferecemos as nossas vidas ao amor uns pelos outros na Igreja, pois juntos espalhamos o evangelho ao mundo.
Acima de tudo, a nossa razão para viver muda. Posses e status não são mais as nossas prioridades. Conforto e estabilidade não são mais as nossas preocupações. a segurança não é mais o nosso objectivo, porque o ego não é mais o nosso deus. Agora queremos a glória de Deus mais do que a nossa própria vida. Quanto mais O glorificamos, mais desfrutamos d'Ele, e mais reconhecemos que é isto que significa biblicamente ser cristão.
David Platt
Do Livro: Siga-me
"SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?" - Salmos 15:1
Somos conclamados a ser moralmente justos pelo nosso Deus e Salvador. Neste salmo, encontramos dez princípios que determinam se estamos a agir de acordo com a vontade de Deus.
"Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração. Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo; a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda. Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado." - Salmos 15:2-5
Vivemos no meio de pessoas más, cujos padrões de vida e de moralidade estão em rota de colisão com os valores cristãos. Os nossos valores não podem basear-se nos valores da sociedade perversa na qual vivemos, mas sim nos princípios estabelecidos por Deus na Sua Palavra.
Deus exige dos seus filhos uma conduta íntegra.
"O que anda em justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da opressão, o que sacode das suas mãos todo o presente; o que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue e fecha os seus olhos para não ver o mal." - Isaías 33:15
"Assim diz o SENHOR: Guardai o juízo, e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, para se manifestar." - Isaías 56:1
"Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?" - Miquéias 6:8
"... mas o justo pela sua fé viverá." - Habacuque 2:4
"E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes." - Marcos 12:29-31
"No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor. Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro." 1 João 4:18-19
Se mesmo sendo fiéis sentimos medo do futuro, ou do juízo de Deus, devemos lembrar-nos do Seu amor. Sabemos que Ele nos ama perfeitamente.
"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 8:38-39
Podemos ficar livres dos nossos medos olhando para o amor perfeito e eterno de Deus por nós, e então, permitir que Ele ame outras pessoas através de nós. O amor de Deus traz paz, retira o medo e dá confiança.
O amor de Deus é a fonte de todo o amor humano e espalha-se como o fogo. Ao amar os Seus filhos, Deus acence uma chama nos seus corações. Estes, por sua vez, amam os outros, que assim são aquecidos pelo amor de Deus.
Quando eu era garoto, o meu pai me perguntava-me: “_ O que é que você quer ser quando crescer?”
E eu respondia com franqueza (adoravelmente, sem dúvidas), “um pai”. Quando o meu implacável e realista pai me informou que ninguém me pagaria para ser pai, eu disse-lhe que ficaria feliz se me pagassem a mim.
Busquei ao Senhor, e só depois descobri
Que Ele, ao buscar-me, moveu minha alma até Si;
Não foi que eu Te haja encontrado, ó real Salvador,...
Mas, eu fui achada por Ti!
Amados, quando alguém busca a Deus, podemos estar certos de que essa busca é uma resposta ao estímulo do Deus que nos procura. Não poderíamos amá-Lo se Ele não nos houvesse amado primeiro.
"Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro." - 1 João 4:19