Repita a Seguinte Oração...
Tenho um amigo _ vamos chamar-lhe João _ cujo primeiro contacto com o conceito de inferno aconteceu durante um episódio de Tom e Jerry. O Tom foi mandado para o inferno por causa de uma maldade feita ao Jerry. O que deveria ser um desenho animado engraçado deixou o João a morrer de medo. Mais tarde ele viu-se na igreja a conversar com um senhor mais velho sobre o que havia visto.
Aquele senhor olhou para o João e disse-lhe: "_Bem, tu não queres ir para o inferno, pois não?"
"Não!", respondeu o menino.
"Então", disse o homem, "repete esta oração: "Querido Jesus..."
O João permaneceu calado... Depois de um silêncio constrangedor, percebeu que deveria repetir a oração, e embora hesitante, obedeceu. "Querido Jesus..."
"Sei que sou um pecador e que Jesus morreu na cruz pelos meus pecados", continuou o homem.
João repetiu.
"Peço que entre no meu coração e me salve do meu pecado."
O João repetiu novamente o que tinha ouvido.
"Amém", concluiu o homem.
Em seguida o homem olhou para o João e disse: "Filho, você está salvo dos seus pecados e não nunca mais precisa de se preocupar com o inferno."
Com certeza o que aquele homem disse ao meu amigo naquele dia na igreja não era verdade. Certamente não é isso que significa responder ao convite de Jesus para O seguir. Contudo, esta história representa o engano que se espalha como um fogo incontrolável por todo o cenário cristãos contemporâneo.
"Peça apenas a Jesus que entre no seu coração!"
"Convide Jesus a entra na sua vida, é simples!"
"Repita esta oração e será salvo!"
Não deveria servir de alerta o facto da Bíblia jamais mencionar tal oração?
Não deveria chamar-nos a atenção o facto de nenhuma parte da Bíblia nos instruir no sentido de "pedirmos para Jesus entrar no nosso coração" ou "de O convidar-mos para entrar na nossa vida"?
Contudo, é exactamente isso que uma multidão de cristãos professos foi encorajada a fazer, e foi-lhes assegurado que, dizendo certas palavras, recitando uma oração específica, levantando a mão, marcando um "X" num formulário, assinando um cartão ou indo à frente na igreja, seriam cristãos e a sua salvação estaria eternamente garantida.
Não é verdade. Com boas intenções e um desejo sincero de alcançar o maior número de pessoas para Jesus, reduzimos, de forma súbita e enganosa, a magnitude do que significa segui-Lo. Substituímos as palavras desafiadoras de Cristo por frases banais na igreja. Retirámos o sumo vital do cristianismo e colocámos no seu lugar um refresco artificial, para o tornar mais saboroso para as multidões _ e as consequências são catastróficas.
Neste exacto momento, milhares de homens e mulheres pensam estar salvos dos seus pecados, quando na verdade não estão. Inúmeras pessoas ao redor do mundo, culturalmente, pensam que são cristãs, quando biblicamente não o são.
David Platt
Do livro: Siga-me