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Peregrina neste mundo

Sou peregrina na terra; não escondas de mim os teus mandamentos. Salmos 119:19

Peregrina neste mundo

Sou peregrina na terra; não escondas de mim os teus mandamentos. Salmos 119:19

Para reflectir no "Dia dos namorados"...

Hoje, a noção de amor que o mundo tem é totalmente alheia ao verdadeiro amor que tem em Deus a sua fonte.

O casamento, instituição divina e não humana, é o "lugar" onde o amor sacrificial deve ser exercido. O casamento é o meio pelo qual somos chamados a amar alguém além de nós mesmos, a amar quando tudo vai bem e quando tudo vai mal, a amar «como Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,» (Efésios 5:25)

Num mundo em que o divórcio é o pão-nosso-de-cada-dia e no qual as pessoas são tão descartáveis como as embalagens de fast food, é sempre mais fácil «largar quem não nos agarra» do que amar sacrificialmente outra pessoa além de nós. Sem Deus no centro, sem o conhecimento de que Ele, e só Ele, pode satisfazer todas as nossas necessidades, colocamos sobre a pessoa que dizemos amar uma carga tão pesada que, fatalmente, destruirá o relacionamento que assenta no nosso egocentrismo e nas expectativas com as quais sobrecarregamos a outra pessoa. O verdadeiro amor, é um mandamento e um sentimento tão sublimes, que não depende da performance do outro. O verdadeiro amor depende sempre da performance de quem ama e, como diz o apóstolo Paulo: «O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; [...]» (1 Coríntios 13:4-8) 

 

O que dizer de uma declaração de "amor" como esta:

«EU te escolhi. EU te escolhi para ser o amor da MINHA vida, o MEU REFÚGIO, o MEU ALICERCE e A SOLUÇÃO DE TUDO. EU te escolhi porque em você EU ENCONTREI TUDO O QUE EU PRECISO. EU te escolhi porque EU vi em você algo que EU não vi em mais ninguém, EU te escolhi porque EU te QUERO na minha vida até o meu coração parar de bater. EU te escolhi porque QUERO ficar velhinha do teu lado, cuidar de você quando tiver problemas e quando já não formos mais tão saudáveis. EU te escolhi porque EU te amo. Amo como nunca amei outra pessoa antes. E EU te escolheria mais mil vezes, se fosse necessário.»?

No mínimo que é toda ela centrada no "eu". Ignora completamente a realidade de que cada pessoa que se casa traz a sua própria bagagem _ experiências boas e más, dores, traumas, feridas, tristezas e alegrias _  e, acredito, o desejo de que o outro o ame, apoie e compreenda. Nenhum ser humano consegue ser o alicerce de outro ser humano. Nenhum ser humano pode ser a solução de tudo. E nem sempre o marido ou a esposa é o refúgio de que precisamos... Toda a "declaração de amor" que lemos acima aponta para o EU, para  a satisfação do EGO, e, só no fim, como recompensa pela satisfação completa que espera do objecto do seu "amor", se coloca a hipótese de cuidar de quem tanto lhe deu quando já não forem [ambos] tão jovens e tão saudáveis. 

Resultado: Como o objecto do qual esperamos TUDO não é Deus, mas apenas o nosso deus _ um ídolo que criámos e no qual depositamos todas as nossas expectativas _ TUDO vai ruir. A desilusão é sempre a consequência de depositarmos nas pessoas aquilo que só Deus pode suprir. Amar, não é esperar que todos os nossos desejos, anseios e expectativas sejam satisfeitos pelo objecto do nosso amor. Amar, é dar tudo de nós sem esperar nada em troca.

O casamento, no qual existe amor verdadeiro obedece ao mandamento bíblico: «Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, [...] Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.» (Efésios 5:22-25,28)

 

Fácil? Não. Muito pelo contrário. 

Mas... é possível quando entendemos que "amar" é muito mais do que um sentimento e que só amaremos de verdade quando tudo o que desejarmos for a felicidade do objecto do nosso amor. 

 

Maria Helena Costa

 

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Convite

Para quê buscar a verdade se alguém já decidiu tudo por eles?
As duas mentiras mais (mal)ditas neste país à beira mar plantado, afirmam: “De religião e de clube de futebol, ninguém muda!”, e: “Religião não se discute!”
Levadas a sério, estas mentiras são um combustível altamente inflamável para alimentar a cultura de ignorância que tantas almas tem ganho para o inferno, e tanta riqueza tem proporcionado à instituição ICAR [Igreja Católica Apostólica Romana].

 

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